“O dinheiro que podíamos investir na floresta, na gestão e na condução da floresta, como deve ser, estamos a investir na limpeza da erva todos os anos. Portanto, isto não é uma solução, é um recurso, mas não é uma solução até porque está mais do que provado, até pelas diferentes comissões que estudaram o assunto quando houve os grandes incêndios, que nada disso pararia os incêndios que ocorreram”, afirmou o presidente da ANEFA.
Pedro Serra Ramos defendeu, em declarações à Lusa, que “está na altura de rever a legislação”, embora seja preciso esperar pelo novo Governo para que isso aconteça.
“Este ano, ainda por cima, é um ano em que, como choveu muito, há muita erva. Se entretanto começar a aquecer muito toda ela vai secar e, portanto, andamos sempre a gastar dinheiro”, apontou.
Além das dificuldades dos proprietários na contratação de empresas para a limpeza, PSR admitiu que houve “um aumento geral de tudo”, da mão-de-obra aos custos de equipamentos, e, “por isso, os preços têm que subir” e “não há outra maneira de o fazer”.
O diretor-geral da Florecha, Rui Igreja, notou que, além das dificuldades de trabalhadores, “os equipamentos também não são infindáveis”, para a quantidade de trabalho, e o aumento do ordenado mínimo contribui para aumentar os custos, naturalmente refletidos nos clientes.
Fonte oficial do Ministério da Agricultura e Pescas referiu que o gabinete do secretário de Estado das Florestas, Rui Ladeira, está a acompanhar com elementos do setor a situação, mas para já, após a prorrogação do prazo do fim de abril para 31 de maio, não há decisão quanto a novo prolongamento, até por duas semanas de calor bastarem para a vegetação secar.
Fonte: Greensavers

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