A NASA lançou no dia 19 uma sonda que ficará a orbitar a Lua durante vários anos, em busca de água e possíveis locais para construir bases espaciais. E, no dia 9 de Outubro, vai fazer algo especial, quando atirar parte do foguetão que a levou até à Lua, já sem combustível, contra uma cratera no pólo sul do satélite natural da Terra, à velocidade de nove mil quilómetros à hora, para verificar se ali há gelo de água.
Esta missão contém na verdade dois projectos: a Lunar Reconnaissance Orbiter leva à boleia o Lunar Crater Observation and Sennsig Satellite.
A primeira vai fazer o mapa topográfico da Lua mais detalhado de sempre, bem como a cartografia das temperaturas (que podem ir de 223 graus negativos até 115, nas zonas mais sujeitas à radiação solar. "O nosso conhecimento da superfície lunar é muito pobre. Na verdade, temos melhores mapas de Marte do que da Lua", disse Craig Tooley, gestor da missão Lunar Reconnaissance Orbiter, citado pela Reuters.
A segunda é a que exige o choque contra uma cratera lunar, para procurar água.
Ao sobrevoar o hemisfério sul da Lua, a sonda usará o seu equipamento de alta precisão para procurar uma cratera que seja suficientemente superficial e escura para seu alvo. Os cientistas na Terra esperam que o impacto crie uma enorme nuvem do pó, gás e gelo vaporizado com uma altura mínima de 10 quilómetros, que será claramente visível para os astrónomos na Terra, através do telescópio “Hubble”.
Nos últimos anos, surgiram indícios da presença de hidrogénio e oxigénio (os componentes da água) na Lua, congelados nas crateras mais profundas e escuras de ambos os pólos do planeta. Como tal, e porque a presença de água indica a possibilidade de criar combustível para alimentar uma futura base lunar, a sua procura é uma prioridade, se regressarmos mesmo à Lua (não há missões tripuladas até lá desde 1972).Público
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