domingo, 21 de junho de 2009

Balanço Extremamente Negativo do Ano Escolar

O secretário-geral da Federação Nacional dos Professores faz um balanço "completamente negativo" deste ano lectivo, reprovando a actuação do Governo .

"A grande atitude dos professores e o seu profissionalismo, apesar dos ataques e injúrias de que foram alvo, é o aspecto mais positivo do ano lectivo. Lutaram como nunca, mas mantiveram uma atitude irrepreensível de forma a que os alunos não perdessem o ano", afirmou Mário Nogueira.

Já João Dias da Silva, secretário-geral da Federação Nacional dos Sindicatos da Educação , faz um balanço "extremamente negativo" do ano lectivo, sublinhando a "mudança significativa" no clima interno das escolas.

"Deterioraram-se as relações entre as pessoas por imposição de um estatuto da carreira que não responde às necessidades das escolas. Deteriorou-se o clima de autoridade dos professores em relação aos alunos".

João Grancho, presidente da Associação Nacional de Professores reconhece o cumprimento de alguns pontos positivos, como a requalificação do parque escolar, o alargamento da acção social escolar ou o plano tecnológico da educação.

No entanto, no relacionamento entre docentes e tutela, considera que "não se perdeu apenas um ano, mas toda a legislatura".

Para João Dias da Silva também existem aspectos positivos ao longo da legislatura, como a generalização do Inglês, a distribuição de computadores ou o redimensionamento da rede escolar, por exemplo.

No entanto, adivinha que o desafio na próxima legislatura passa por pacificar a escola e reganhar os trabalhadores docentes e não docentes, ao mesmo tempo que apela a uma "maior responsabilização dos políticos pelas decisões que tomam e pelo seu impacto".

"Se for negativo, que sofram politicamente consequências pelas suas decisões", afirmou.

Como aspectos muito negativos, Mário Nogueira destaca um ano lectivo de grandes conflitos e muito negativo para as escolas, pela implementação do novo diploma de gestão escolar, "que veio retirar autonomia aos estabelecimentos de ensino"."Era o ano em que deveria estar implementada a escolaridade obrigatória de 12 anos e a cobertura de 100 por cento para as crianças de cinco anos. Não está. O cumprimento deste compromisso do programa do Governo é o reconhecimento do fracasso das políticas", acrescentou.

excertos,Lusa/SOL

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