Ave particularmente apreciada pela sua beleza, o pavão é originário da Índia, onde, por causa da faustosa roda formada pela plumagem da sua cauda, era considerado símbolo do Sol.
Atravessou a Babilónia, a Pérsia e a Ásia Menor, até atingir Samos, onde se tornou o pássaro sagrado do santuário de Hera. Na Índia muitos deuses eram representados cavalgando pavões; no mundo ocidental o pavão era considerado matador de serpentes, e explicavam-se as cores brilhantes das plumas da sua cauda com capacidade d transformar o veneno das cobras em substância solar.Continua também a existir a antiga crendice popular de que o sangue do pavão afastaria demónios. Por esse motivo, não raro o pavão vinha representado nas imagens da gruta de Belém onde Cristo nascera; dois pavões que bebem num cálice aludem ao renascimento espiritual.
Para encontrar traços negativos é necessário recorrer ao texto paleocristão "Physiologus", onde se diz que o pavão"passeia de lá para cá, tem prazer em admirar-se e sacode a sua plumagem, se empertiga e olha em torno com soberba. Quando, porém, olha para as suas patas, não deixa de soltar um grito de raiva, pois elas não combinam com o seu aspecto". Surge então o significado simbólico hoje comum: o pavão simboliza a vaidade, a luxúria e a soberba .Para os trovadores medievais, a ave era a quintessência e a personificação da soberba e do orgulho arrogante.
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