Os cientistas identificaram o cravo-da-índia (Syzygium aromaticum) como o melhor tempero antioxidante, devido ao facto de conter altos níveis de compostos fenólicos, além de ter outras propriedades benéficas à saúde.
"Das cinco propriedades antioxidantes testadas, o cravo-da-índia apresentou a maior capacidade de liberar hidrogénio, reduzir a peroxidação lipídica, e foi o melhor redutor de ferro," explica a Dra. Juana Fernández-López, coautora do estudo.
Estes resultados colocam o cravo-da-índia como o melhor antioxidante natural que se conhece.
Os resultados mostram que o uso dos antioxidantes naturais presentes nas especiarias utilizadas na dieta mediterrânea, ou os seus extractos, é uma opção viável para a indústria alimentícia, desde que as características organolépticas dos produtos não sejam afectadas," diz a pesquisadora.
"Essas substâncias apresentam elevada capacidade antioxidante, com efeitos benéficos para a saúde," acrescenta ela.
Para evitar que os alimentes se estraguem utilizam-se antioxidantes
A oxidação lipídica é uma das principais razões para a deterioração dos alimentos, e provoca uma redução significativa no seu valor nutricional, assim como a perda do sabor," diz Fernández-López.
Essas alterações levam a uma redução no tempo de vida útil dos alimentos industrializados. Para evitar essa deterioração, a indústria alimentícia acrescenta antioxidantes sintéticos nos produtos.
No entanto, como estes antioxidantes sintéticos são compostos químicos, têm sido levantadas questões sobre a sua potencial toxicidade e a ocorrência de efeitos colaterais na ingestão dos alimentos industrializados.
Como resultado, há um interesse crescente na utilização de produtos à base de vegetais (especiarias, plantas aromáticas e medicinais), com actividade antioxidante em potencial, a fim de substituir os antioxidantes sintéticos por substâncias naturais.
Fonte: DS
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