Pesquisadores norte-americanos e alemães construíram um sensor capaz de registrar a assinatura magnética do coração humano.
A comparação dos sinais captados com a monitorização feita simultâneamente pelos exames tradicionais confirmou que o minissensor não apenas mede correctamente os batimentos cardíacos, como também identifica outras características do sinal, fornecendo um resultado mais rico.
Os cientistas afirmam que os resultados comprovam que os minissensores podem ser usados para fazer magnetocardiogramas, um novo tipo de exame que poderá complementar ou se tornar uma alternativa aos eletrocardiogramas.
O estudo também demonstrou pela primeira vez que os sensores magnéticos possuem a estabilidade necessária para a realização da magnetorelaxometria (MRX), uma técnica emergente que mede o decaimento da magnetização de nanopartículas magnéticas.
A MRX está a ser utilizada inicialmente para localizar, quantificar e fotografar nanopartículas magnéticas inseridas no tecido biológico para aplicações médicas, as chamadas drogas inteligentes, que se dirigem a um alvo específico dentro do organismo - para matar células tumorais sem afetar as células sadias, por exemplo.
A experiência é um marco significativo porque, embora os cientistas saibam há muito tempo que o corpo humano gera seus próprios campos magnéticos, o chamado magnetismo humano, ou magnetismo animal, tem-se restringido a formulações esotéricas, nas quais o desejo de crer de alguns se alia à vontade de fazer seguidores de outros, resultando em práticas sem fundamentação, de cunho religioso.
O avanço da tecnologia dos sensores, que agora se estão a tornar capazes de detectar os campos magnéticos do corpo humano com precisão suficiente, pela primeira vez abrem o campo a uma pesquisa científica rigorosa.
Fonte: DS
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