Os mercados reagiram, os juros dispararam, as bolsas de vários países sofreram com a percepção de que a Grécia esticará a corda até rebentar. E vários dos que aplaudiram a vitória do Syriza começam a travar a euforia ou a expectativa.
Nem por acaso, nos últimos dois dias, António Costa deixou de comentar com entusiasmo estes "sete dias que abalaram o mundo" em versão helénica. Compreende-se. Se abraçar esta causa e, ao mesmo tempo, o efeito de dominó nas economias sobrar para o nosso lado (dificuldades das empresas, falta de crédito, desemprego, etc.), a vitória nas eleições legislativas tornar-se-ia uma miragem. Passará a estar calado, vão por mim.
Tsipras sabe o que faz. É inteligente e carismático. Ontem perdeu duas horas com o presidente do Parlamento Europeu, que se deslocou a Atenas. No final, os dois afirmaram-se contentes e na expectativa de que tudo corra pelo melhor. Afirmações inócuas que não me convencem. O primeiro- -ministro grego disse muito sem nada dizer, arrastou os pés.
Nos próximos dias andaremos nisto, de provocação em provocação, de arrasto em arrasto, na tentativa de obrigar Merkel a perder a compostura - a procura de um pretexto para o grande terramoto político. Uma bomba-relógio que, a explodir, terá consequências imprevisíveis. Um jogo perigoso. Que pode acabar muito mal. Por isso, os americanos posicionaram-se e, em correio azul, disseram a Tsipras que ele não precisa da Rússia para nada.
Luís Osório, Ji
Nem por acaso, nos últimos dois dias, António Costa deixou de comentar com entusiasmo estes "sete dias que abalaram o mundo" em versão helénica. Compreende-se. Se abraçar esta causa e, ao mesmo tempo, o efeito de dominó nas economias sobrar para o nosso lado (dificuldades das empresas, falta de crédito, desemprego, etc.), a vitória nas eleições legislativas tornar-se-ia uma miragem. Passará a estar calado, vão por mim.
Tsipras sabe o que faz. É inteligente e carismático. Ontem perdeu duas horas com o presidente do Parlamento Europeu, que se deslocou a Atenas. No final, os dois afirmaram-se contentes e na expectativa de que tudo corra pelo melhor. Afirmações inócuas que não me convencem. O primeiro- -ministro grego disse muito sem nada dizer, arrastou os pés.
Nos próximos dias andaremos nisto, de provocação em provocação, de arrasto em arrasto, na tentativa de obrigar Merkel a perder a compostura - a procura de um pretexto para o grande terramoto político. Uma bomba-relógio que, a explodir, terá consequências imprevisíveis. Um jogo perigoso. Que pode acabar muito mal. Por isso, os americanos posicionaram-se e, em correio azul, disseram a Tsipras que ele não precisa da Rússia para nada.
Luís Osório, Ji
1 comentário:
Uma lufada de ar fresco
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