Até agora, os "vários estudos centraram-se na segurança alimentar, mas poucos estudaram os efeitos na saúde e produção agrícola", referiu Marco Springmann, da Universidade de Oxford (Reino Unido), que dirigiu o estudo.
O aquecimento global provoca, em particular, fenómenos climáticos extremos, como chuvas ou secas, com um impacto devastador na produção agrícola.
Se não forem tomadas medidas para reduzir as emissões de gases efeitos de estufa, as alterações climáticas podem reduzir em "cerca de um terço" a quantidade de comida disponível em 2050, referem os investigadores.
A nível individual, será em média uma redução de 3,2% da quantidade de alimentos disponíveis, de 4% no consumo de frutas e vegetais e de 0,7% da carne vermelha em relação a 2010, prevê o estudo.
"Aquelas mudanças podem ser responsáveis por cerca de 529.000 mortes adicionais em 2050", afirmou.
Num cenário sem alterações climáticas, o aumento do volume de alimentos e consumo poderia evitar 1,9 milhões de mortes.
"O nosso estudo mostra que mesmo uma queda modesta na quantidade de comida disponível por pessoa pode levar a mudanças no conteúdo energético e composição dos alimentos e que aquelas alterações vão ter consequências na saúde", disse Marco Springmann.
Os países mais afectados, segundo o estudo, são os de baixo rendimento, incluindo a região oeste do Pacífico e o sudeste asiático.
Fonte: Económico
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