quarta-feira, 3 de abril de 2024

A Humanidade Está Numa Encruzilhada

Vivemos, decididamente, numa era caracterizada pela transitoriedade dos interesses, pela inconsistência das causas que nos movem e por uma atenção que oscila e vacila, sem encontrar um ponto de fixação duradouro. ( Patrícia Akester, DN))

A invasão da Ucrânia, por exemplo, suscitou uma efusão global de empatia, participação e solidariedade, ilustrando o papel dos referidos ingredientes na determinação do grau de atenção emergente.  (...)

Importa sublinhar que esta faceta humana é nutrida e acentuada pelos media, uma vez que existe uma correlação directa entre a visibilidade mediática de desastres humanitários e a mobilização de recursos a eles destinados, quer provindos do público, quer sob a forma de acções institucionais. (...)

O desafio que se impõe é contrariar a corrente de desumanização que parece emanar deste ciclo, em que a profundidade, a substância e a constância são frequentemente sacrificadas no altar do imediatismo, da superficialidade e da transitoriedade. Como podemos, então, reverter esta tendência? (...)

Comecemos por reconhecer que somos seres em constante evolução, cabendo a cada um de nós a responsabilidade de transcender o que nos afasta de valores essenciais à nossa “humanidade”.

O conceito de “humanidade” visto como um potencial a ser atingido (e não como uma condição determinada por um contexto histórico específico), implicando um ideal de “ser” que, por sua vez, nos obriga a um “fazer”. Lembremos, por fim, que esse imperativo de “fazer” se apresenta como uma missão contínua no sentido de construção “da humanidade” e “de humanidade” - visando a bondade sem paradoxo ou, como bem disse o filósofo Gerard Legrand, “agir com humanidade”. . (ler texto completo) 

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