Vivemos, decididamente, numa era caracterizada pela transitoriedade dos interesses, pela inconsistência das causas que nos movem e por uma atenção que oscila e vacila, sem encontrar um ponto de fixação duradouro. ( Patrícia Akester, DN))
A invasão da Ucrânia, por exemplo, suscitou uma efusão global de empatia, participação e solidariedade, ilustrando o papel dos referidos ingredientes na determinação do grau de atenção emergente. (...)
Importa sublinhar que esta faceta humana é nutrida e acentuada pelos media, uma vez que existe uma correlação directa entre a visibilidade mediática de desastres humanitários e a mobilização de recursos a eles destinados, quer provindos do público, quer sob a forma de acções institucionais. (...)
O desafio que se impõe é contrariar a corrente de desumanização que parece emanar deste ciclo, em que a profundidade, a substância e a constância são frequentemente sacrificadas no altar do imediatismo, da superficialidade e da transitoriedade. Como podemos, então, reverter esta tendência? (...)
Comecemos por reconhecer que somos seres em constante evolução, cabendo a cada um de nós a responsabilidade de transcender o que nos afasta de valores essenciais à nossa “humanidade”.
Comecemos por reconhecer que somos seres em constante evolução, cabendo a cada um de nós a responsabilidade de transcender o que nos afasta de valores essenciais à nossa “humanidade”.
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