Conhece a ti mesmo, soa o conselho eterno dado por Sócrates.
Se as pessoas realmente seguissem o conselho, e seguindo a sabedoria convencional, seria de presumir que você é pessoa que mais conhece a si mesmo.Certo?
Contudo, as pesquisas mostram que de facto não é assim.
Vazire e sua colega Erika N. Carlson, concluíram que, em vez de consultar a si mesmo para se conhecer melhor, é melhor perguntar a um amigo.
"Há aspectos da nossa personalidade que os outros conhecem e que nós próprios não conhecemos, e vice-versa", diz Vazire. "Para obter um quadro completo de uma personalidade, você precisa de ambas as perspectivas."
Não é que não saibamos nada sobre nós mesmos. É que o nosso entendimento é obstruído por pontos cegos, criados por nossos desejos, medos e motivações inconscientes.
E o principal desses elementos, segundo a pesquisa, é a necessidade de manter uma auto-imagem elevada - ou, se estivermos neuróticos, da nossa necessidade de manter uma auto-imagem baixa.
As pessoas não vêem as mesmas coisas sobre si mesmas que os outros vêem: por exemplo, traços de ansiedade, tais como o medo de falar em público, são óbvios para nós mesmos, mas nem sempre para os outros.
Por outro lado, criatividade, inteligência, e grosseria muitas vezes são melhor percebidas pelos outros.
Isso não ocorre só porque essas características percebidas pelos outros se manifestam publicamente, mas também porque carregam um juízo de valor, algo que tende a afectar o auto-julgamento.
E o mundo nem sempre faz a crítica mais dura a nosso respeito - os outros tendem a dar-nos notas mais altas para os nossos pontos fortes do que nós mesmos.
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