Natureza a combater a natureza |
"A espécie-alvo do insecto, cuja libertação foi agora autorizada, é a acácia-de-espigas, um arbusto/pequena árvore australiana, que é uma das piores invasoras no litoral português", sublinha a equipa de investigadores envolvidos neste processo, que é integrada por especialistas do Centro de Ecologia Funcional (CEF) da UC, coordenado por Helena Freitas, e da Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Coimbra (IPC).
Além de ameaçar a biodiversidade nativa, esta planta, que foi trazida do hemisfério sul, "altera o solo e a dinâmica do sistema dunar, diminui a produtividade em áreas florestais e acarreta custos elevados para o seu controlo".
Este controlo natural, consiste na libertação de um pequeno insecto australiano (Trichilogaster acaciaelongifoliae), "promove a formação de galhas (também conhecidas como bugalhos) nas gemas florais da acácia-de-espigas", impedindo a reprodução da invasora.
Este pequeno himenóptero, com dois/três milímetros, é "muito específico" e "precisa da acácia-de-espigas para completar o seu ciclo de vida".
Em Portugal, "foi testada uma lista de 40 plantas incluindo espécies nativas e espécies com interesse económico, e apenas se observou a formação de galhas em acácia-de-espigas, o que corrobora a grande especificidade deste organismo", realçam as investigadoras.
Com os últimos estudos, financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia e comparticipado por fundos europeus, "prevê-se que as primeiras largadas de insetos" ocorram em outubro, tornando Portugal no segundo país da Europa (depois do Reino Unido) a autorizar a utilização de um agente de controlo natural para conter uma planta invasora. (Fonte: USF)
1 comentário:
nice boss...
thenks..
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