Acabou. O que está feito, está feito, o que não foi feito, já não será feito hoje, último dia de campanha para umas eleições legislativas em que Passos Coelho fez quase tudo bem e António Costa fez quase tudo mal. As sondagens, todas, uma a seguir à outra, dão a vitória à coligação, veremos o que dirão os eleitores no domingo, mas o que se sabe hoje não pode surpreender ninguém, Passos tirou o país da bancarrota, Costa mostrou que não sabe sequer o que quer fazer dele.
É evidente para todos, menos para Costa, que vendeu uma estratégia cor-de-rosa, de promessas, até contraditória com as críticas que fez ao estado do país. Se está assim tão mal, como é que é possível tanta abastança? Se o consumo está a disparar e a poupança a cair, é mesmo necessário ir mais longe, incentivar ainda mais o consumo? Se a economia continua na mesma, queremos mesmo mais empregos na construção e restauração?
A coligação não sonha, nem nos faz sonhar, mas os portugueses, hoje, não querem sonhar, querem apenas sair do pesadelo. E não se esqueceram de quem nos levou até lá. Querem previsibilidade. São pragmáticos, eventualmente cínicos? Sim, e nesta fase do país, ainda bem. Por mais que nos vendam sonhos. Porque os sonhos não pagam dívidas.
(Excertos do artigo # Passos Bem, # Costa Mal de) António Costa, Económico
Sem comentários:
Enviar um comentário