A geringonça provou que um governo em Portugal pode degradar os serviços públicos sem enfrentar mais do que notícias avulsas. Precisa é de ser de esquerda.
Rui Ramos, OBSR
Uma das coisas mais bizarras deste tempo são os cumprimentos que os parceiros da “geringonça” se dão a si próprios pelo “rigor e equilíbrio” nas contas do Estado. Como se esse rigor e equilíbrio fossem uma opção. Num país endividado, totalmente dependente da ajuda europeia, e que estaria em apuros à primeira dúvida sobre as suas contas, não são uma opção: são uma obrigação. Portugal não é a Itália (e ainda está para se saber até pode ir a Itália). O governo minoritário socialista, sustentado pela geringonça, não provou nada em relação a 2001 ou a 2011: simplesmente, já não há condições, como então houve, para fazer défices do mesmo tamanho.
Sem comentários:
Enviar um comentário