No nosso País um canalha cuja intenção não se possa provar é uma vítima do Ministério Público e do julgamento público e, coitado, deixa de poder fazer canalhices no lugar que ocupava.
Rita Fontoura, OBSR
Os principais julgados que foram absolvidos total ou parcialmente, na opinião do Juiz, agiram de forma incorrecta do ponto de vista moral. Usando a linguagem de um deles, posso concluir que foram “canalhas” mas não se conseguiu provar que tivessem intenção de ser canalhas. No nosso País um canalha cuja intenção não se possa provar é uma vítima do MP e do julgamento público e, coitado, deixa de poder fazer canalhices no lugar que ocupava ficando apenas com o domínio da actividade privada para as suas canalhices. (continuara ler)
Quando os princípios e a ética deixam de ser critério, as actividades nas esferas do poder enchem-se de canalhas. São eles que fazem as leis, que escolhem os decisores, que aplicam ideologias perversas, que afastam quem faz o bem, que se impõem sobre a livre iniciativa.
Normalmente nestes casos o percurso é progressivo até chegar à fase do descaramento. Pelo caminho fica a apatia de um povo. Aumenta o afastamento da política, o desânimo, e alastra a canalhice a toda a sociedade. É assim que vai o nosso Portugal.
Que 2019 possa ser o ano em que saibamos abrir os olhos e lutar por uma sociedade onde a honra, a seriedade, a procura do bem comum e a verdade voltem a ser padrões que nos guiem. Ainda vamos a tempo.
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