Precisamos urgentemente de ser um país atrativo para o capital estrangeiro para suavizar a catástrofe do Inverno demográfico que se avizinha.
É comum os idosos começarem a precisar de cuidados mais permanentes a partir do 75-80 anos. Aqueles que hoje precisam desses cuidados tiveram, em média, 3-4 filhos. Isso permite uma divisão de responsabilidades equilibrada. Por outro lado, permite que a economia tenha uma população activa suficientemente elevada para criar a riqueza necessária para sustentar aqueles que não podem trabalhar. Apesar das tragédias humanas que se repetem pelo país, este não é um mau momento para ser idoso a precisar de cuidados.
O pior virá quando a geração dos atuais cuidadores um dia tiver que ser cuidada. Ao contrário dos seus pais, eles já só tiveram 1-2 filhos. Quando for a vez desses filhos prestarem cuidados, muitos partilharão a responsabilidade com apenas mais um irmão ou podem mesmo não ter ninguém com quem a partilhar.
O gráfico é elucidativo. A vermelho podem ver as pessoas que hoje potencialmente precisam de cuidados. A amarelo a faixa etária dos seus filhos, normalmente responsáveis diretos ou indiretos por esses cuidados. A área a amarelo, dos atuais cuidadores, é relativamente grande comparada com a área a vermelho. Ou seja, há muitos mais potenciais cuidadores do que pessoas a precisar de cuidados. Mas olhemos agora para a área a verde (os filhos dos atuais cuidadores). Essa área é substancialmente inferior à área a amarelo. Quando as pessoas na faixa etária dos que agora são cuidadores precisarem elas mesmas de cuidados, haverá muito menos cuidadores disponíveis do que há hoje.
Excertos do artigo de Carlos Guimarâes Pinto, ECO
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