Este parece ser um princípio básico de gestão: alargar a carteira de clientes, diversificar, não deixar de procurar novas oportunidades. Pois foi exactamente neste erro, salta agora à vista, em que Lisboa caiu. Vá-se lá saber porquê, alguém convenceu quem manda que o turismo era a solução para todos os problemas da cidade.
Como essa era a grande fonte de receita do município, quando se esvaiu, tudo se complicou.
A única lição a tirar é a de que convém que uma cidade não dependa de uma só actividade.
Por isso, o futuro de Lisboa passa por criar mais polos de atracção, não só para turistas estrangeiros, que tenha em conta outras possibilidades competitivas que os portugueses podem oferecer. O mal de Medina não esteve só nos imbróglios do urbanismo - que vamos ver se não acabam prescritos - nem no sistemático desprezo pelo conforto dos lisboetas.
O grande mal de Medina foi a monocultura. E, quem se enganou assim não é a melhor cabeça para mudar a cidade e fazê-la remoçar.
Manuel Falcão, JNegócios
1 comentário:
Na Almirante Reis passsam mais ambulâncias do que ciclistas. Insano.
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