Por muito que apreciemos o regime republicano, nós, portugueses, temos razões para nos sentirmos frustrados por estarmos longe de ter atingido muitos dos valores morais e de conforto que esse regime pressupõe, para além dos clássicos chavões de Liberdade, Igualdade e Fraternidade. Teoricamente, a nossa Constituição e nossos milhares de leis garantem-nos uma democracia magnífica, mas a realidade é diferente.
Vão longe os tempos em que Portugal era o bom aluno europeu em termos de reformismo. Foi chão que deu uvas. Quem for um pouco mais velho tem a sensação de estar a ver sempre o mesmo filme, apenas com novos atores cada vez menos talentosos, menos empreendedores, menos imaginativos, mas mais letrados na arte da demagogia e das promessas de amanhãs que cantam. Há uma sensação permanente de “déjà vu”. (Eduardo Oliveira e Silva, Ji)
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