Em Setúbal o acesso à saúde não é para todos - O que está a acontecer neste momento em Setúbal é que as pessoas, principalmente, as crianças estão privadas do acesso à saúde. O Serviço Nacional de Saúde há muito que adoeceu e não se prevê que possa recuperar, antes pelo contrário, está cada vez mais doente.
Setúbal infelizmente é um exemplo claro daquilo em que se transformou o SNS – um verdadeiro caos. O problema nada tem haver com os profissionais de saúde, antes pelo contrário. Se não fosse a entrega e dedicação destes profissionais, que se sacrificam em prol dos utentes, provavelmente a dimensão do problema seria ainda maior.
O Distrito de Setúbal é servido pelo Centro Hospitalar de Setúbal (CHS), que abrange a população dos concelhos de Setúbal, Palmela, Sesimbra e dá ainda resposta a um número significativo de utentes oriundos de concelhos do Litoral Alentejano – são cerca de 250 mil utentes.
O PS assume que os problemas estruturais estão identificados e em processo de resolução, mas a verdade é que ouvimos estes argumentos há anos e nada foi feito. O que se vive no CHS não é o reflexo de situações temporárias, nem do agravamento fora de tempo das doenças respiratórias. É antes o resultado de 7 anos de políticas erradas.
É assim que o Governo quer fazer face a listas de espera? Quem é o profissional de saúde que consegue prestar um serviço de qualidade nestas condições? É assim que queremos tratar as nossas crianças?
Se perguntarmos aos portugueses se a gestão hospitalar deve ser pública, privada ou público-privada, a resposta da esmagadora maioria será que lhes é indiferente, pois, o que verdadeiramente interessa é que tenham um serviço de saúde de qualidade e tendencialmente gratuito, aberto 24h/por dia, todos os dias do ano e que não tenham de percorrer quilómetros para ter.
É assim que o Governo quer fazer face a listas de espera? Quem é o profissional de saúde que consegue prestar um serviço de qualidade nestas condições? É assim que queremos tratar as nossas crianças?
Se perguntarmos aos portugueses se a gestão hospitalar deve ser pública, privada ou público-privada, a resposta da esmagadora maioria será que lhes é indiferente, pois, o que verdadeiramente interessa é que tenham um serviço de saúde de qualidade e tendencialmente gratuito, aberto 24h/por dia, todos os dias do ano e que não tenham de percorrer quilómetros para ter.
(Sónia Leal Martins, Ji)
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