O desencanto entre os jovens com as ineficiências percebidas da democracia e a sua crescente tolerância por alternativas autocráticas, sinalizam um momento crítico e preocupante para as nossas sociedades. A participação cívica dos jovens é essencial para o reforço do espírito da democracia.
(David Cruz Silva, OBSR)Emergindo como um farol de esperança e marco de progresso da humanidade, a democracia revela-se ao longo da nossa História, como testemunho da eterna procura humana pela paz, liberdade e justiça. Porém, nos últimos anos, o tecido democrático tem revelado sinais de desgaste, testado pelas intempéries das crescentes forças totalitárias extremistas, e pelo caos social, económico e político vivido na esfera nacional, acompanhada pelos cenários homólogos a nível europeu. É pois, no século XXI, marcado pelos acelerados avanços tecnológicos e complexas crises globais, que a resiliência da democracia, como a conhecemos, é seriamente desafiada.
Como
Margaret Atwood ilustra de forma vívida, este equilíbrio é precário, capaz de inclinar-se para os extremos do despotismo ou anarquia, com apenas “um leve empurrão”. Coloca-se então a questão: onde descansa o poder de travar a erosão da democracia, garantindo a sua sustentabilidade e progresso?
Os jovens estão na linha da frente desta batalha pela essência da democracia.
Sem comentários:
Enviar um comentário