sexta-feira, 4 de outubro de 2024

A Frase (248)

Para enfrentar a Rússia e o Irão, não bastaria a lucidez geopolítica de Churchill: seria preciso também a coragem reformista de Thatcher para desatar os nós do declínio ocidental.  (Rui Ramos, OBSR)

(...) Querem assim os governos ocidentais evitar a generalização da guerra? Mas perder ou não ganhar uma guerra localizada é a melhor maneira de ter uma guerra geral. O Ocidente está a cometer um grande erro, e vale a pena perceber como e porquê. (...)

É fácil perdermo-nos em pormenores, e esquecer o essencial: a Putin não importam os falantes de russo no Donetsk nem ao Ayatollah Khamenei os árabes de Gaza. O que os assanha é a existência da Ucrânia e de Israel, que encaram como baluartes e símbolos da ordem ocidental. Destruir a Ucrânia e Israel é o primeiro passo com que Putin espera fundar o seu império neo-soviético, e o Ayatollah o seu império religioso. Por isso, qualquer cessar-fogo nunca será mais do que uma pausa para prepararem os próximos ataques (...)

Se a Ucrânia e Israel desaparecessem, a guerra não acabaria: apenas se aproximaria mais do Ocidente, porque a seguir à Ucrânia, a ditadura neo-soviética russa interessar-se-ia pelos países bálticos, e o fundamentalismo islâmico já tem a Espanha e Portugal assinalados como as próximas terras do Islão a libertar do “colonialismo” ocidental. (...)

Valha-nos a determinação de Israel e da Ucrânia em se defenderem. Estão defender todo o Ocidente.

 

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