Pela LER, Lei da Ética Republicana, 89,6% das falcatruas ou similares realizadas em Portugal com aval partidário conduzem direitinhas ao PS. Por isso, foi com naturalidade que a monstruosa “fuga” de capitais para os offshores, um “escândalo” que comprometia dramaticamente o governo anterior, afinal dizia sobretudo respeito a casos sucedidos durante o governo actual. Felizmente, também existe a LORPAS, Lei da Ocultação Republicana de Pelintragens Atribuíveis a Socialistas, a qual, como o nome indica, transforma os escândalos em histórias sem importância logo que o PS aparece neles.
Num ápice, os “paraísos fiscais” que, a fim de anularem os saques na CGD, alimentaram manchetes bombásticas e editoriais inconformados, quase desapareceram dos noticiários. A CGD desaparecera antes. Hoje, o grande desígnio nacional é anular a dra. Teodora Cardoso, além de sugerir o vil desempenho do governador do Banco de Portugal, de modo a controlar o dito. Amanhã, a indignação será outra, sem que as indignações prévias sejam justificadas ou resolvidas. A cada mentira, segue-se a impunidade, e a cada impunidade segue-se um novo avanço no controlo de um país genericamente apático. A “tenebrosa máquina de propaganda” para que o prof. Cavaco avisou não é particularmente sofisticada. Mas é suficiente.
(continuar a ler)
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