Uma vitória de MFL no próximo dia 27 criava o cenário ideal para a candidatura presidencial de Manuel Alegre. Com o PSD e o CDS no poder, mesmo sem maioria absoluta,toda a esquerda tocaria a rebate para impedir um novo triunfo da direita e a reeleição de Cavaco Silva em 2011.
Ao mesmo tempo, em Belém, Cavaco ver-se-ia obrigado, ao longo de 2010 e face a um Governo de Ferreira Leite sem uma base parlamentar maioritária, a um equilíbrio institucional melindroso e desgastante.
Daí que Manuel Alegre que, há pouco mais de um ano, afirmava sem rodeios: «Claro que já não me revejo neste PS», que, há dois meses, encurtava o fim da sua longa carreira de deputado socialista, que, há um mês, criticava as exclusões nas listas de um «PS que vai gravemente mutilado ás legislativas » e que , há uma semana, garantia que só entraria na campanha marginalmente ao lado de poucos amigos.
MA vai vai agora aparecer em grande plano ao lado de Sócrates no comício de Coimbra. Deste PS em que não se revê.
Como se percebe, não é o PS que está refém de Alegre. Mas, sim, Alegre que se tornou um refém político-presidenciável do PS.
Além do mais, já há, no Largo do Rato, quem sugira candidaturas alternativas - e de peso - a Belém, como Jaime Gama.
(excertos) JALima, Sol
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