Na simbologia é daqueles animais que são interpretados de maneiras contrastantes. No antigo Egipto, era na maioria das vezes associado ao assassino de Osíris, Seti, e ao hieróglifo do asno juntava-se o desenho de uma faca na espádua, para neutralizar magicamente o carácter maléfico do signo. Na Grécia o deus Dioniso era representado montando um asno, e os romanos viam-no como alusão a Príapo, o deus da fertilidade, inserindo-o também no séquito da deusa Ceres.
Por outro lado, o asno era inserido em contos de fadas e fábulas como um animal ridículo. A Bíblia fala da profecia da jumenta de Balaão, que reconhece a vontade de Deus antes do homem; também Jesus ingressa em Jerusalém montado numa jumenta. A conhecida imagem da noite de Natal com o boi e o asno ao lado da manjedoura do Menino Jesus foi retirada do Evangelho apócrifo do pseudo- Mates. Segundo uma interpretação posterior, o asno simbolizava os pagãos,e o boi, os judeus.
À concepção segundo a qual o asno é considerado a quintessência da humildade e da benignidade, opõe-se outra, segundo a qual esse representaria a ignorância, a preguiça e a teimosia, associadas a uma lascívia desenfreada.
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