O divórcio entre os jovens e a política não é de agora, mas tem-se acentuado cada vez mais nos últimos anos. E isso nota-se, em especial pelo nível de absentismo de novos eleitores, quer nas eleições europeias, quer nas legislativas. Muitos não sabem distinguir os partidos, apenas sabem que "existe um que é rosa e outro que é laranja". E quando lhes perguntam: "És de esquerda ou de direita?" nem sabem o que responder.
O mundo político passa-lhes ao lado. Será que a política é um assunto "chato", a que não vale a pena dar importância? Ou, pelas políticas que se têm imposto, mais vale ignorá-la de vez? Uma coisa é certa: se os jovens não começarem a consciencializar-se da importância da política partidária, o número de mesas de voto irá diminuir. (TM Público)
Os jovens movem-se por causas.
O individualismo, a competição, a falta de trabalho que cada vez mais os empurra para fora do país, a falta de soluções para os seus problemas, bem como em certos casos alguma condescendência e facilitismo com que foram educados conducente a um certo acomodamento, contribuem para o descrédito na politica e o consequente afastamento.
Por outro lado a política hoje é muito feita de 'casos', de 'personagens', de 'grupos ou facções' e pouco tem de idealismo ou de causas. Os partidos não se movem por doutrinas, mas por interesses, e por isso já pouco os distingue ; já não respondem aos objectivos da juventude nem correspondem aos objectivos da sua formação. Vivemos uma época de faz-de-conta que não interessa aos jovens e começa a não interessar aos mais velhos.
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