Na simbologia, a Lua é, junto com o Sol, o mais importante dos astro. É vista prevalentemente como figura 'feminina', primeiro por causa do antigo ideograma yin, onde é um corpo celeste que recebe a luz passivamente, mas também pela analogia entre o mês lunar e o ciclo menstrual feminino. O tornar e o mudar, assim como o surgir sempre renovado da nova figura,são um símbolo que reassume toda a ideia referente ao conceito de 'morra e torne-se'.
Na simbologia alquímica, a Lua representa a prata e também a 'rainha' que desposa o 'rei',tornando-se o andrógino.
Na iconografia cristã, a Virgem Mãe de Deus, Maria, muitas vezes é comparada à Lua ou é representada em pé ou sentada num trono sobre o quarto crescente da Lua. Na Apocalipse de São João (12,1: uma mulher vestida de Sol, com a Lua sob os pés - símbolo da vitória sobre as potências inimigas) - Como símbolo lunar também indicado o bipene, o machado de dois gumes recurvos em forma de lua, e por isso atribuído como arma às Amazonas, as lendárias mulheres-guerreiras da Antiguidade, juntamente com arco em forma de quarto lunar.
O facto da Lua ser associada não apenas com a parte nocturna do mundo e com o além, mas - é bastante frequente -, também em Israel, com a feminilidade. Mulheres e animais domésticos (Camelo) usavam pequenas luas penduradas ao pescoço.
O apologético grego Teófilo de Antioquia (séc.II d.C) via o Sol e a Lua como símbolos dualísticos,'veículos e imagens de um grande mistério. O Sol é de facto a imagem de Deus, a Lua a imagem do homem' (que recebe a luz do Sol). Em sentido simbólico análogo, Orígenes interpelava a recepção da luz por parte da Lua como imagem da Igreja, que num segundo momento transmite a todos os fiéis. A equivalência simbólica da reiterada visão do ' renascimento' da Lua com a Ressureição torna-se aqui bastante evidente.
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