Uma pesquisa feita com 860 pais evidencia a diferença entre as concepções educativas e as intervenções concretas deles sobre seus filhos adolescentes.
"Apesar de os pais valorizarem o diálogo, 69,7% deles afirmaram que concordam em punir fisicamente o seu filho caso ele faça algo muito errado".
No caso de bater nos filhos, Luciana M. Caetano, professora do curso de pedagogia da Universidade São Francisco e responsável pela pesquisa, lembra que os pais, com essa atitude, estão a ferir a integridade física e psicológica dos jovens.
Ela comenta que esse tipo de punição ensina aos adolescentes uma justiça retribuitiva. Seguindo esse conceito de justiça, os pais transmitem um modelo de resolução de conflitos fundamentado na violência ou troca, ou seja, os filhos pagam por aquilo que fazem. Bateu no irmão? Então será punido da mesma forma. Essa atitude observa-se, por exemplo, no trânsito, quando um motorista é fechado por outro e tenta compensar tentando passá-lo depois."
Segundo Luciana, o modelo ideal de justiça é a distributiva, que considera as condições de cada filho, com as suas necessidades, as suas características e as suas dificuldades.
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