Como afirma, Nuno Serra, no Público de hoje, importa assinalar a forma leviana, demagógica e superficial com que tem sido discutida a proposta do cheque-ensino. Pergunta, e com razão - se todos os alunos de uma localidade, munidos do respectivo vale entregue pelo Estado, pretendessem frequentar a melhor escola que têm ao seu dispor, como ficaria a tão aclamada "liberdade de escolha"? Quem acabaria de escolher quem? O mais provável era seleccionarem os melhores alunos - sistema dual, que, em certa medida, o sistema público, tem impedido e que seria agravado.
Nuno Serra, tem toda a razão.
E, não é preciso imaginar, basta constatar o que se passa no início de cada ano escolar com as matriculas dos alunos nas melhores escolas. A afluência é muita, as regras estabelecidas dão prioridade aos alunos residentes na área de localização da escola, depois, aos que têm irmãos nessa escola, e por último às competências do aluno. E, é preciso muito rigor na comprovação da residência porque há casos em que a informação não corresponde à real, só para tentar ficar na escola que pretendem.
E, sim já foram feitas outras experiências que se revelaram um desastre. Por exemplo seleccionarem as matrículas de acordo com as competências dos alunos. Foi a maior confusão, e 'choveram' protestos - Porquê? Porque alunos muito novos eram colocados em escolas distantes, irmãos em escolas diferentes, o que dificultada muito a gestão de tempo dos pais, enfim um pandemónio. Não agravem mais a situação em que o ensino se encontra. É preciso primeiro pensar, e bem, nas consequências de cada alteração.É preciso melhorar, mas, de uma forma lógica e não demagógica.
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