Quem vai a votos no próximo domingo é Cavaco Silva contra o Governo de José Sócrates. É por isto que o Presidente da República perdeu o pudor e tem lançado a artilharia pesada contra as políticas do Governo.
O primeiro-ministro sabe que tem de evitar - a todo o custo - uma vitória alargada de Cavaco Silva. Quanto maior for a vantagem final, maior será a força política e a legitimidade do actual Presidente da República para enfrentar e condicionar o Governo. Se Cavaco Silva ficar acima da barreira dos 60% dos votos, ninguém ousará questionar que é o inquilino de Belém que marcará a agenda política e dirá o quando, como e porquê da crise política de que todos falam.
Uma coisa é a retórica da crise, muito útil para dramatizar a campanha eleitoral, outra bem diferente é a prática da crise política.
Fonte: Bruno Proença,Económico
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