Para os modernos desprovidos de religiosidade, o Cosmos tornou-se opaco, inerte, mudo: não transmite nenhuma mensagem, não é portador de nenhuma 'cifra'. O sentimento da santidade da Natureza sobrevive hoje na Europa sobretudo entre as populações rurais.(...)
A sensibilidade religiosa das populações urbanas encontra-se gravemente empobrecida.(...)
No melhor dos casos, o homem reconhece-se responsável não somente diante de Deus, mas também diante da História. Mas nestas relações homem/Deus/História, o Cosmos não tem nenhum lugar. O que permite supor que, mesmo para um cristão autêntico, o Mundo já não é sentido como obra de Deus.
Mircea Eliade
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