Ou, na ausência dela, no caso dos psicopatas.
Ilustração de Nela Vicente |
Baron-Cohen , desenvolveu o que chama uma nova teoria da crueldade, que expôs no livro, Zero Degrees of Empathy e explica hoje numa entrevista ao Público a sua visão sobre esta problemática :
Diz ele que estar no espectro zero negativo de uma banda de empatia que tem seis níveis, significa incapacidade de ler as emoções dos outros e capacidade de ser cruel. Mas, estar no espectro zero não significa necessariamente ser psicopata, ser psicopata significa ter zero graus negativos de empatia.
Quando alguém magoa outro, quer dizer que o nível de empatia dessa pessoa está abaixo da média - seja temporariamente durante o acto ou permanentemente.
Há uma diferença importante entre grau zero positivo e zero negativo. No negativo, Baron inclui distúrbios de personalidade - os psicopatas, narcisistas, borderline personality. Têm baixa empatia e podem magoar as outras pessoas. É negativo para os outros mas também para os próprios, porque gera depressão.
Quanto ao zero positivo, como os autistas, apesar de terem menos empatia do que a maioria, não têm intenção de magoar.
Conclusão: Parte do diagnóstico de um psicopata é a ausência de remorso, fazer algo que magoa a outra pessoa e não se preocupar com isso. Os psicopatas têm os resultados mais baixos nos testes de empatia. O cérebro de um psicopata, mostra menos actividade em partes correspondentes ao circuito da empatia.
Na verdade há ainda muito que estudar e aprender sobre este tema, nomeadamente sobre a componente genética e a possibilidade de reverter este comportamento através de um treino específico que estimule a empatia.De qualquer modo, esta entrevista de Joana Gorjão Henriques, permite-nos perceber melhor a problemática em questão.
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