O que diriam eles se ainda aqui estivessem?
O meu avô materno era republicano activo, mas, prezava muito o 1º de Dezembro - O Dia da Independência. Igualmente acontecia no 5 de Outubro o dia da República. O avô paterno era também republicano, já não o conheci. O meu padrinho, que pela idade podia ser meu avô, era Monárquico convicto, o dia 5 de Outubro era para ele um dia desagradável.
Quando nasci, dia 1 de Dezembro foi uma alegria para todos especialmente porque todos estavam a torcer para que a ocorrência fosse nesse dia tão marcante para eles. O avô morreu quando eu tinha dois anos, o padrinho grande amigo dos meus pais foi presença constante no meu crescimento. Quando o meu irmão estava para nascer, os pais gostavam que tivesse sido a 5 de Outubro, mas, não, foi a 3 de Outubro e o nosso padrinho rejubilou. O padrinho, também já cá não está. Muitas histórias escutei, muitos segredos pressenti, quer de um lado quer de outro. O certo é que o 5 de Outubro e o Dia 1 de Dezembro foram dias marcantes da vida da nossa família.
Agora tudo vai mudar e os 'egrégios avós', lá por onde andam, devem andar às voltas e reviravoltas.
Em conferência de imprensa, no final do Conselho de Ministros, Álvaro Santos Pereira adiantou que o Governo vai propor aos parceiros sociais a eliminação de igual número de feriados religiosos.
As alterações à lista de feriados obrigatórios estabelecida no Código do Trabalho só serão aprovadas em Conselho de Ministros depois de serem discutidas com os parceiros sociais, numa reunião a realizar na próxima semana, referiu o secretário de Estado da Presidência, Luís Marques Guedes.
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