sexta-feira, 13 de julho de 2012

Meditação Altera A Estrutura Do Cérebro


Dois meses de prática de meditação são suficientes para gerar mudanças mensuráveis nas regiões do cérebro associadas à memória, ao sentido de si mesmo, à empatia e ao stress.

Num estudo que será publicado na revista Psychiatry Research, uma equipa liderada por cientistas do Hospital Geral de Massachusetts (MGH) relata os resultados deste que é o primeiro estudo a documentar alterações na massa cinzenta do cérebro produzidas pela meditação.


Os praticantes de meditação sempre afirmaram que, além da sensação de relaxamento e tranquilidade  física, experimentam benefícios cognitivos e psicológicos de longa duração.
Os cientistas agora confirmaram essas alegações e demonstraram que elas estão associadas a alterações no cérebro que são físicas reais.


O estudo usou imagens de ressonância magnética do cérebro dos participantes.
Os participantes relataram também a redução do nível de stress, que foram correlacionados com a diminuição da densidade da massa cinzenta na amígdala, que é conhecida por desempenhar um papel importante na ansiedade e no stress, mas também na sociedade.


Por muito tempo os cientistas acreditaram ter "evidências" de que o cérebro era uma estrutura fixa, com um número de neurónios que decresciam ao longo da vida.
Hoje já é reconhecido não só o cérebro é dotado de uma incrível plasticidade, mas também que mudanças  podem ser induzidas voluntariamente.
"É fascinante ver a plasticidade do cérebro e que, praticando a meditação, podemos desempenhar um papel activo para mudar o nosso cérebro e aumentar o nosso bem-estar e a nossa qualidade de vida," diz Britta Hölzel, da Universidade de Giessen, na Alemanha, co-autora do estudo.


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