terça-feira, 23 de outubro de 2012

Ninguém Sabe. Intenção? Consequência? Motivo? Significado?

A caminho do caos?
O aumento da despesa é uma notícia perturbadora. Se o Tribunal Constitucional percebesse que a Constituição assenta num país que imprime moeda...» - afirma Medina Carreira .

Entretanto, O ministro dos Negócios Estrangeiros alemão, Guido Westerwelle, afirmou esta terça-feira, que Portugal assim como a Irlanda «estão no bom caminho para voltar aos mercados de capitais». O ministro realçou ainda haver motivos de optimismo uma vez que o «remédio da solidez financeira, solidariedade e crescimento na Europa começa a resultar».

Mas, a Comissão Europeia quer que o Governo português apresente dentro de um mês um plano alternativo ao Orçamento do Estado (OE) para 2013, com medidas de redução da despesa. Isto para a eventualidade de a receita fiscal não atingir os valores previstos. 
Conclusão: Ninguém sabe coisa nenhuma

 Porque nós não sabemos, pois não? Toda a gente sabe

O que faz as coisas acontecerem da maneira que acontecem? O que está subjacente à anarquia da sequência dos acontecimentos, às incertezas, às contrariedades, à desunião, às irregularidades chocantes que definem os assuntos humanos? 

Ninguém sabe, (...). «Toda a gente sabe» é a invocação do lugar-comum e o inimigo da banalização da experiência, e o que se torna tão insuportável é a solenidade e a noção da autoridade que as pessoas sentem quando exprimem o lugar-comum. 

O que nós sabemos é que, de um modo que não tem nada de lugar-comum, ninguém sabe coisa nenhuma. Não podemos saber nada. 

Mesmo as coisas que sabemos, não as sabemos. Intenção? Motivo? Consequência? Significado? É espantosa a quantidade de coisas que não sabemos. E mais espantoso ainda é o que passa por saber.

Philip Roth

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