Que o Ministério Público tem de investigar todos os indícios e pontas soltas de
um processo não há dúvidas. O problema - o grave problema - está na forma como o
faz.
Medina Carreira é apenas a última vítima (conhecida) dos métodos de
investigação das nossas polícias, que começam a fazer lembrar os que Edgar
Hoover impôs na América quando fundou o FBI.
O nome do fiscalista e ex-ministro
das Finanças surge numa das "agendas" de remessas de dinheiro dos arguidos do
caso e isso obriga a ir verificar. Mas é possível fazê-lo - para chegar à
conclusão de que afinal era só um nome de código - sem ser na praça pública. Da
forma como foi feito (mais uma vez) só pode ter um propósito muito baixo.
Se
isto se tem multiplicado em relação a figuras mais ou menos conhecidas da nossa
sociedade, imagine-se o que acontecerá a pessoas sem voz ou meios para se
defenderem.
Filomena Martins,DN
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