sábado, 15 de dezembro de 2012

Massacre Deve Gerar Reflexão Sobre A Cultura Dos EUA ...


... Dizem os analistas

A cada tragédia como a ocorrida na última sexta-feira na escola primária de Sandy Hook, no Estado americano de Connecticut, o debate sobre o porte de armas nos Estados Unidos volta à tona.
Para os especialistas, porém, o fácil acesso às armas no país, apesar de ter um papel crucial no contexto da violência, é apenas parte de um problema maior.


Segundo eles, características sociais e culturais da sociedade americana, como a glorificação da violência ou a falta de investimentos na saúde mental da população, são factores que explicariam a frequência de massacres no país.
Allen McConnell, professor de Psicologia da Universidade de Miami, acredita que tais elementos têm de ser levados em consideração quando se avalia esse tipo de tragédia.

"Segundo os vários estudos de campo já realizados, são vários os factores que aumentam a probabilidade de que alguém cometa um ato como este", argumenta.
Os factores sociais e psico.patológicos podem fazer com que uma pessoa normal se sinta frustrada e adopte um tipo de conduta agressiva.
"Tragédias como a que vimos podem acontecer em qualquer lugar, mas há provavelmente um número de aspectos e modelos da cultura americana que tornam tais incidentes mais frequentes no país.", afirma McConnell.
Nesse sentido, especialistas que partilham da mesma visão de McConnell afirmam que a matança lança luz sobre o sistema de saúde mental dos Estados Unidos, que recebe pouca atenção e recursos insuficientes por parte do governo.(...)

Segundo ele, o individualismo da sociedade americana associado ao fascínio da população por armas misturam-se e formam um terreno fértil para o aparecimento de figuras como a do atirador da Sandy Hook School.

McConnell reconhece, entretanto, que, em um país de mais de 300 milhões de pessoas, é perigoso generalizar e concluir que tais assassinatos são um sintoma de uma sociedade "doente".
Além disso, para outros estudiosos, também contribuiria para a proliferação de chacinas no país a publicidade que os casos ganham.

Fonte: BBC Brasil  

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