O que não tem remédio, remediado está. Portanto, a TAP, cedo ou tarde, acabará privatizada. É uma conversa que dura há mais de 10 anos, seguramente. Li há poucos dias no jornal que o primeiro primeiro-ministro a tentar privatizar a TAP terá sido o engenheiro Guterres. Foi assim que eu li, não sei se terá sido alguém antes. Mas estamos a falar da segunda metade dos anos 90, foram quase 20 anos. Aqui há pouco tempo dizia-se que a TAP ia vender aviões para pagar salários. Parece que isso não aconteceu, felizmente, mas quando se põe em cima da mesa a possibilidade de vender aviões para pagar salários, a situação não parece brilhante. É nisso que eu me baseio para dizer que o que não tem remédio, remediado está.
No caso da PT, o Governo interveio no tempo do engenheiro Sócrates. Eu não consigo desligar o estado em que a PT se encontra da intervenção do engenheiro Sócrates na PT. E de Ricardo Salgado. Quando nós olhamos para a PT, tal como está, aquilo que hoje se está discutir – claro que estava lá dentro o Dr. Henrique Granadeiro e o engenheiro Zeinal Bava, num nível de responsabilidade muito elevada, mas acima dos gestores habituei-me a colocar os accionistas e o poder político, quando chega a esse grau de envolvimento com os accionistas. E é por isso que eu não consigo olhar em momento nenhum para o estado em que a PT está hoje sem ver a fotografia do engenheiro José Sócrates e do Dr. Ricardo Salgado.
Excertos da entrevista concedida ao Observador por Daniel Bssa
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