“O próximo governo colherá os frutos das reformas feitas nos últimos anos, sem ter de impor medidas adicionais de consolidação orçamental”, diz Ralph Solveen, a partir de Frankfurt. “Tendo em conta a recuperação da economia e a interpretação mais flexível dos critérios orçamentais, será possível seguir políticas mais expansionistas na política orçamental”, afirma o economista alemão, numa alusão ao facto de que países como França estarem a ter mais anos para atingir os objetivos orçamentais com que se comprometeram. Passos Coelho tem garantido, contudo, que Portugal terá um défice inferior a 3% em 2015.
Anthony Baert, do ING deixa, contudo, um alerta. “Cuidado, porque um ambiente ‘muito mais fácil’, em termos relativos, não significa que se possa considerar fácil, em termos absolutos”.
O défice público continua acima de 3% do PIB, pelo que “continuará a ser necessário continuar a consolidação orçamental”. Até porque além dos riscos de curto prazo existem os chamados desafios de fundo, que estão associados, sobretudo, à situação demográfica em Portugal e na Europa e aos custos com saúde e segurança social que lhe está associada.
Em poucas palavras, o objectivo do próximo governo deverá ser “aproveitar a melhoria do ciclo económico para prosseguir com o reequilíbrio da economia”. ( ler artigo completo)
Resta saber quem está em melhores condições para atingir este objectivo.
Uma certeza tenho - quem quer que seja tem de ser realista perante as dificuldades que ainda atravessamos e não tentar a todo o custo impor ideias preconcebidas que podem não se ajustar aos tempos que vivemos.
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