Falamos de empreendedores como se deles dependesse o futuro de Portugal, damos voz aos fazedores que se metem nisso, pomos incubadoras a ajudar as melhores ideia.
E depois, quando nos aparecem pessoas a meter a mão na massa e a criar algo com visibilidade e substância, ninguém liga nenhuma. É uma sina de país pequeno que olha para fora em busca de inspiração, e raramente premeia quem por dentro faz bem.
Serve isto para dizer que um dos melhores eventos do mundo de animação 3D e arte digital, o Trojan Horse was a Unicorn, vai sair de Portugal. Criado por André Lourenço há três anos, tornou-se rapidamente uma referência na indústria das artes digitais. A terceira edição aconteceu na semana passada e trouxe a Portugal 700 pessoas de 59 nacionalidades, quase duplicando o tamanho em relação a 2014. Os bilhetes estavam esgotados desde Março.
Estiveram por Tróia meios de comunicação relevantes, desde o New York Times ao The Guardian, Hollywood Reporter e Monocle. No ano passado, o THU foi referenciado como um evento "imperdível" nos meios da indústria. E quê? Zero apoio do Turismo de Portugal, que bem poderia ter-se associado ao evento para mostrar um país moderno, tecnológico e criativo.(DV)
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