Uma mudança diminuta, pela metade, que em nada parece ajudar o sistema de ensino vigente. Desde logo, porque se mantêm os exames nacionais em graus de ensino mais avançados. É verdade que por essa altura os estudantes têm, à partida, uma maior maturidade para encarar esses momentos de avaliação e para se preparar para eles. Mas não é menos verdade que existirão sempre indivíduos cuja personalidade não se adequa a qualquer tipo de avaliação estandardizada.
Indivíduos que sofrem mais ansiedade e que, por mais que estudem, estarão por isso numa situação desvantajosa face aos que lidam de uma forma mais natural e relaxada com os momentos de avaliação. Qual a solução? Criar dois sistemas de ensino e deixar que os pais e alunos escolham? Soluções mais radicais estão longe de estar sobre a mesa.
Entretanto, eliminar exames no 4º ano é impedir uma aprendizagem para lidar com situações de stress desde cedo e numa altura em que os resultados dessa avaliação são menos relevantes e menos determinantes do futuro escolar.Adiar essa aprendizagem para mais tarde, para momentos determinantes na vida dos alunos, é aprofundar desigualdades, já que esse adiamento afectará mais aqueles cuja personalidade desde logo não se adequa ao tipo de exames realizados.
Sandra Maximiano, Expresso
E, é claro que concordo com a opinião de Sandra Maximiano.
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