O ministro das Finanças disse que ela diminui este ano, mas afinal fica na mesma (até ver). Quando fez a afirmação, Mário Centeno “esqueceu-se” de acrescentar que, por carga fiscal, estava a referir-se apenas ao peso conjunto dos impostos directos e indirectos sobre o PIB, deixando de fora as contribuições sociais. Não me recordo de ver o PS retirar as contribuições sociais da equação quando, nos últimos anos, falava sobre o aumento da carga fiscal em Portugal.
Convinha manter o mesmo peso e a mesma medida. E, claro, como esquecer a errata de 46 páginas ao Orçamento (que tem 215)? Algumas gralhas aqui e ali é normal, mas reescrever tabelas inteiras depois da sua apresentação, é um pouco mais incomum. E não contabilizar despesa nacional em projectos co-financiados por Bruxelas é, no mínimo, andar muito distraído. Isso ou também tencionam mudar o conceito de “co-financiamento”. Mas aí convém avisar a Porto Editora.
Luís Reis Pires, Económico
Sem comentários:
Enviar um comentário