O labirinto das relações difíceis entre os accionistas do BPI transferiu-se para o Governo e para o Presidente da República. António Costa já veio afirmar que o tema, agora, transcende a sua capacidade de intervenção.
É tarde para sacudir a água do capote. Se o banco se vir forçado a suportar as coimas que o BCE prometeu, o assunto deixou de estar na mera esfera das relações entre um regulador e um regulado. Aterrou em cima da secretária do primeiro-ministro, por iniciativa própria, e transformou-se num fardo que lhe vai pesar sobre os ombros, quer queira, quer não.
É o que sucede quando se quer ser dono disto tudo, mas sem medir o alcance das potenciais consequências.
Excerto do artigo 'Ser dono disto tudo não é um mar de rosas' de João Cãndido Silva
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