Sempre cercada por uma aura de mistério, a Lua e sua possível influência sobre o comportamento humano têm sido objecto de fascínio e especulação há milénios.
Embora a Lua Cheia definitivamente não vá transformar ninguém em lobisomem, há um saber popular que a aponta como responsável por uma piora na qualidade do sono.
Mas será que há algo real por trás desse mito?
Para estabelecer se as fases lunares afectam os seres humanos de alguma forma, um grupo internacional de investigadores estudou crianças para ver se os seus padrões de sono se alteravam ou se havia diferenças em suas actividades diárias. A colheita de dados ocorreu ao longo de 28 meses, o que é equivalente ao mesmo número de ciclos lunares.
Os resultados revelaram que a duração do sono nocturno durante as noites de Lua Cheia apresentou uma diminuição média de 5 minutos - uma variação de 1% - em comparação com a Lua Nova. Nenhuma outra modificação substancial de comportamento foi identificada.
Ainda que confirme uma influência ligeira, a implicação clínica de 5 minutos a menos de sono durante a Lua Cheia não representa uma ameaça considerável para a saúde.
Os dados mostram uma diferença substancial em relação a outro estudo recente, feito na Suíça, com adultos, que mostrou uma diferença de 20 minutos no sono, além de uma maior demora para pegar no sono.
Dormir mal durante a lua cheia deixou de ser um mito.
Outros estudos também revelam relações importantes quanto à melhor fase da Lua para engravidar.
A equipe ressalta que, ainda que os resultados deste estudo sejam conclusivos, a controvérsia sobre a Lua Cheia poderia levar a mais investigações para determinar se nossa biologia é, de alguma forma, sincronizada com o ciclo lunar, ou se a Lua Cheia tem uma influência maior em pessoas que sofrem de transtornos mentais ou doenças físicas.
"O folclore e até mesmo certos casos de conhecimento ocupacional sugerem que problemas de saúde mental ou comportamentos dos seres humanos e animais são afectados pelas fases lunares. Haja ciência ou não por trás do mito, o mistério da Lua continuará a fascinar as civilizações nos anos que virão," concluiu Chaput.
Os resultados foram publicados na revista Frontiers in Pediatrics.
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