Esta semana, o menino A. Costa regressou ao jardim infantil e puxou para a roda de brincadeiras o menino M. Centeno. Juntos, fizeram os outros meninos jogar às escondidas e à apanhada. No recreio de S. Bento, uns meninos queriam mais histórias e contas, outros queriam esconder os cadernos e os livros; uns queriam mudar as regras dos jogos, outros queixavam-se de batota; uns queriam novos esconderijos, outros queriam espreitar em todo o lado onde iam antes.
Os meninos Costa e Centeno sonegaram números, alteraram leis, esconderam factos e, no fim, disseram que eram os outros meninos que não sabiam brincar e lhes estavam a estragar o recreio. Quando o reitor do colégio, o Sr. Ferro, veio dizer que assim não valia, ficaram aborrecidos e até os companheiros de carteira, Catarina e Jerónimo, apareceram a dizer que também queriam ver os segredos escondidos. Mesmo assim, os meninos Costa e Centeno viraram-se para os da turma do lado, que diziam que assim não entravam na brincadeira, troçaram deles e queriam que não estivessem nos jogos do recreio.
Assim vai o Governo e o país - de brincadeira em brincadeira, de jogo em jogo, de ilusão em ilusão. Um dia destes, começa a barra do lenço e vamos a ver quem ouve melhor e corre mais depressa. O menino Costa não tem ar de ser grande corredor.
Manuel Falcão, J Negócios
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