... De Um Homem Sempre A Chorar
Agora que Barack Obama diz adeus, eu olho para trás e vejo um homem a chorar. Injusto? É a imagem que fica: um presidente sempre em lágrimas por qualquer coisa que disse ou fez.
Sim, eu sei: a sua eleição foi histórica (apesar de as divisões raciais estarem ao rubro) e os EUA foram resgatados do precipício (apesar de a recuperação económica ser mais tímida do que dizem).
Mas o resto denuncia uma falta de ‘virilidade’ política que teve consequências: abandonar o Iraque e o Afeganistão; deixar Assad (e Putin) à solta; entregar Israel aos cães; fazer um acordo com o Irão que é fumo nuclear para os olhos; e contemplar, inerme, o crescimento e a exportação do Daesh são a medida da sua fraqueza.
Verdade que o sucessor, na sua impulsividade cavernícola, tem a mais o que Obama teve a menos. Mas até nisso Obama falhou: ao criar as condições para Trump, as lágrimas dele serão nossas no futuro.
João Pereira Coutinho, CM
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