É curioso que um jornal como o Público termine o ano com uma série de artigos demasiado empáticos sobre eventuais saídas do euro da Itália e da França. Essas peças concluem, aliás, com um bizarro mapa dos partidos europeus opostos à moeda única no qual não estão incluídos, como é evidente, os dois bordões que têm amparado o PS no actual governo português com cerca de 19% dos votos expressos em 2015.
O que distingue, com efeito, o PCP e o próprio Doutor Louçã da Sr.ª Le Pen nesta matéria concreta? Nada que se saiba, mas o Público preferiu omiti-lo…
Ou seja, o ambiente vem sendo preparado para uma opção dessas, o que poderia ser precipitado pela implementação do “Brexit” e o advento de eventuais soberanistas – de esquerda ou de direita não interessa – ao poder em França e em Itália. Na Grécia, as condições objectivas, como dizem os marxistas, já estão reunidas para o país sair ou ser excluído da zona euro.
A exclusão do euro é, efectivamente, um dos balanços que pode ser feito da evolução, dita prometedora, de Portugal no último ano. Ora, o risco, longínquo que seja, de a UE entrar num ciclo de desmantelamento da moeda única, mesmo parcial, começaria pelo abandono dos países incapazes de acompanhar a consolidação do euro mas não ameaçaria apenas a economia portuguesa: ameaçaria a própria sociedade e a sua liberdade (continuar a ler)
A Reter: Em Portugal todas as promessas de regressar ao crescimento económico, sem que ninguém no governo se pergunte porquê, ficaram por cumprir. O investimento público caiu 25% e nunca foi tão baixo.
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