sábado, 14 de janeiro de 2017

O 'Nó Górdio' : Juros Alarmantes

A taxa de juro exigida a  Portugal no mais recente empréstimo sindicado é um sinal de alarme. Uma emissão a dez anos ao preço de 4,227% é um encargo demasiado asfixiante.

No mesmo dia, a Alemanha colocou no mercado e para o mesmo prazo um empréstimo com o  custo de 0,36%. Se tivéssemos o mesmo preço dos germânicos, o Estado poupava 116 milhões por ano de juros neste crédito de três  mil milhões. Em dez anos,  a poupança seria de 1,16 mil milhões. Mas já era bom conseguirmos as taxas da superedivida da  Itália (1,25%) ou de Espanha 1,45%

O patamar dos 4% vai pressionar necessariamente os ratings que mantêm Portugal ligado aos mercados. O custo da dívida é a rubrica que exige cada vez mais dinheiro ao Orçamento do Estado. Não há volta a dar, a questão da dívida é mesmo a maior ameaça económica que este país corre.

Com este peso às costas, a economia portuguesa terá sempre o seu crescimento limitado. Travar o crescimento da dívida e negociar juros mais baixos é a única forma de resolver este ‘nó górdio’. 

Sem comentários: