Opinião de: Adelino Costa Matos |
Mais do que o impacto do euro na nossa economia, creio que o grande erro de Portugal foi ter privilegiado um modelo de crescimento baseado na procura. A prevalência dos sectores de bens não transaccionáveis, alimentados pelo crédito fácil e por políticas públicas expansionistas, retirou competitividade à nossa economia, agravou o nosso défice externo e condicionou o investimento privado. As dificuldades decorrentes do ajustamento imposto pela troika levaram o Estado a emagrecer e a ser mais parcimonioso, ao mesmo tempo que as famílias aumentaram as suas poupanças e as empresas começaram a exportar mais.
Mas continua a existir um grande risco de reincidirmos nos erros do passado recente.
A Comissão Europeia divulgou as estimativas do PIB per capita em paridade de poder de compra dos 28 Estados-membros face à média da UE. Ora, as notícias não são animadoras para o nosso país. Entre 1999 e 2017, Portugal caiu do 16.º para o 20.º lugar neste indicador de desenvolvimento.(continuar a ler)
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