quarta-feira, 8 de março de 2017

Vem Aí A Europa A Várias Velocidades. E ...

Opinião de:
Adelino Costa Matos
Vem aí uma Europa a várias velocidades, o que exige de Portugal um esforço acrescido para estar entre os países da linha da frente do projecto comunitário. Sem uma economia competitiva e finanças públicas compatíveis com as exigências do euro, o nosso país será um eterno periférico na UE e manter-se-á, por isso, longe dos centros de decisão europeus.

Mais do que o impacto do euro na nossa economia, creio que o grande erro de Portugal foi ter privilegiado um modelo de crescimento baseado na procura. A prevalência dos sectores de bens não transaccionáveis, alimentados pelo crédito fácil e por políticas públicas expansionistas, retirou competitividade à nossa economia, agravou o nosso défice externo e condicionou o investimento privado. As dificuldades decorrentes do ajustamento imposto pela troika levaram o Estado a emagrecer e a ser mais parcimonioso, ao mesmo tempo que as famílias aumentaram as suas poupanças e as empresas começaram a exportar mais.

Mas continua a existir um grande risco de reincidirmos nos erros do passado recente.

A Comissão Europeia divulgou as estimativas do PIB per capita em paridade de poder de compra dos 28 Estados-membros face à média da UE. Ora, as notícias não são animadoras para o nosso país. Entre 1999 e 2017, Portugal caiu do 16.º para o 20.º lugar neste indicador de desenvolvimento.(continuar a ler

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