«É praticamente unânime a convicção de que a integração europeia só muito dificilmente sobreviveria a um tiro certeiro no seu centro político. Com a última milha para percorrer, tudo parece ser ainda possível, incluindo o cenário fatal de uma vitória de Marine Le Pen, a candidata que promete tirar a França da Europa e do euro e que ontem voltou a tocar no tema proibido do destino dos judeus em França, durante a guerra. Muito mais do que o “Brexit”, seria um tsunami que deixaria pouca coisa de pé. Entretanto, os últimos dias baralharam ainda mais o jogo. A subida de Jean-Luc Mélenchon apenas vem confirmar que os eleitores ainda não tomaram a sua decisão final. Mélenchon, um veterano da esquerda radical, promete a revisão dos tratados europeus e, no mínimo, pôr o Banco de França a imprimir euros. No máximo, a França deveria sair da moeda único, tal como da NATO. Nem é preciso dizer que uma solução à Syriza seria praticamente impensável.»
Teresa Sousa, Público
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