"Que 'Os olhos são a janela para a alma' é um ditado antigo apoiado por muitos estudos científicos, que associam a dilatação da pupila e o olhar com estados mentais como a atenção e a intenção. Agora nós demonstramos que os olhos não só revelam o funcionamento interno da mente, revelam também quando duas mentes se conectam," disse Thalia Wheatley, da Universidade Dartmouth (EUA).
Os resultados também demonstram como a empatia entra em jogo quando falante e ouvinte passam a compartilhar o foco de atenção no assunto.
No nível mais básico, as pupilas dilatam-se para ajustar a quantidade de luz que entra no olho.
Mas as pupilas também se dilatam rapidamente em resposta à informação que está sendo processada no cérebro momento a momento - de forma similar, já se sabe que o processamento visual do cérebro é largamente inconsciente e que o nosso cérebro " enxerga" coisas que nós não chegamos a ver.
Empatia na atenção
Os resultados experimentais mostraram uma associação conclusiva, a ponto de permitir mensurar o nível de empatia do ouvinte com a palestra pela dilatação da pupila a cada momento. Os olhos dos ouvintes indicavam, por exemplo, o aumento de atenção quando o orador entrava num momento mais emocional e mais envolvente do seu relato.
A equipe agora pretende usar uma tecnologia de rastreamento dos olhos a laser, que permite monitorar os olhos de várias pessoas simultaneamente, para verificar se existe mesmo um momento de "compartilhamento de atenção", em que orador e ouvinte passariam a apresentar movimentos similares nas pupilas - é a famosa "interação com a plateia", que muitos músicos alegam por vezes ter alcançado. Eles consideram que isto representará uma medição fisiológica e objectiva da empatia.
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