Os católicos portugueses tinham assistido sem grande reacção aos ataques à sua igreja, à prisão de alguns padres e às perseguições aos bispos. Às vezes reagiam mas a revolta essa só chegava quando o anti-clericalismo do Estado os impedia de exercer essa fé que tinham consigo. E assim o mesmo país que parecia aceitar com fatalismo o afastamento dos bispos das respectivas dioceses enfrentava as autoridades para continuar a ter as suas procissões, o toque dos seus sinos e não abdicava de todos os rituais inerentes a um funeral católico. É desse país e dessa fé que “nós cá temos” que nasce Fátima.
Helena Matos, "É uma fé que nós cá temos!", OBSR
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